A teoria das inteligências múltiplas de Howard Gardner é amplamente discutida, sobretudo em áreas como a Educação e a Psicologia. De forma bem simples, ela parte de estudo que, como o nome indica, defende a existência de diferentes tipos de inteligência, que uma pessoa pode ou não desenvolver. Há, por exemplo, muitas escolas que utilizam esse estudo para identificar facilidades, aptidões e principais motivadores, assim como as limitações dos alunos.

Em um panorama mais recente, a teoria de Gardner passou a ser mais abordada em outro contexto: o corporativo. E isso ocorre justamente em um momento em que o comportamento e as subjetividades dos colaboradores passam a ser observados dentro das empresas.

Décadas atrás, quando as pessoas eram consideradas meras peças em sistemas complexos de produção, esse tipo de informação era completamente desconsiderada – afinal, havia uma mentalidade voltada para a produção em larga escala, que se sobrepunha às estratégias e até à saúde mental e física dos profissionais. Hoje em dia, no entanto, corporações competitivas entendem que os profissionais produzem mais quando estão felizes, satisfeitos e motivados com suas atividades.

Dentre essas particularidades, uma das principais é o perfil comportamental. Para uma boa gestão de pessoas, que realiza processos humanizados e considera as necessidades de cada colaborador, esse se tornou um fator tão importante quanto as competências técnicas, ou hard skills, do profissional. Afinal, é o comportamento de uma pessoa que vai definir como ela encara determinados estímulos, reage a situações e qual tipo de tarefa ela desenvolve de forma mais saudável enquanto colaboradora de uma empresa. E tudo isso está relacionado ao tipo de inteligência que cada indivíduo possui. Mas, afinal, como trazer essa questão para o dia a dia de trabalho e  melhorar a performance e os resultados de uma empresa? É o que você vai descobrir no artigo de hoje. Boa leitura!

 

O que são múltiplas inteligências?

Antes de falar da teoria propriamente dita, é importante ressaltar o conceito de inteligência humana. De acordo com o dicionário Cambridge, o termo diz respeito “à capacidade de conhecer, compreender e desenvolver opiniões e perspectivas baseados em conclusões“. Na psicologia, diz respeito a um potencial biopsicológico que tem a genética e o contexto social como base. Ou seja, esses são fatores muito importantes na hora de definir a inteligência que uma pessoa vai desenvolver ao longo de sua vida.

Para o psicólogo norte-americano Howard Gardner, a inteligência não é algo único nem que pode ser abordado a partir de uma dimensão exclusiva. Por isso, ele criou a teoria de múltiplas inteligências, que entende a inteligência humana como conjuntos de habilidades e competências distintas, cada um relacionado a um contexto específico e interdependentes entre si.

Para Gardner, existem nove tipos de inteligência, dos quais trataremos mais a fundo no decorrer deste artigo.

São elas:

  1. Linguística
  2. Lógico-matemática
  3. Espacial
  4. Corporal-cinestésica
  5. Interpessoal
  6. Intrapessoal
  7. Naturalística
  8. Musical
  9. Inteligência existencial

A teoria de Howard Gardner

A primeira menção à teoria das inteligências múltiplas aconteceu na década de 1980, a partir dos estudos conduzidos por Gardner, pautados, sobretudo, nas considerações do também psicólogo Jean Piaget, o nome por trás do Construtivismo. Para Gardner, a ideia de determinar a inteligência de um indivíduo usando testes de QI ou se baseando na capacidade (ou não) que uma pessoa tem de realizar uma determinada atividade não era o suficiente para abarcar a complexidade do assunto.

O psicólogo acreditava que essa era uma perspectiva que reduzia a discussão, desconsiderando diversas habilidades e contextos sociais de onde vinham os indivíduos. Para ele, atrelar a ideia de inteligência a algo voltado exclusivamente para aprendizagem em ambiente escolar, por exemplo, limitava não só o conceito, mas também as pessoas que estavam sendo “avaliadas” por ele.

Por isso, Gardner elegeu uma série de critérios para tentar entender o que era a inteligência humana. Para chegar a uma conclusão definitiva, o autor levou em conta questões como:

  • A possibilidade de perder ou não tal capacidade, caso haja algum dano cerebral;
  • A existência de gênios para aquele tipo de inteligência;
  • A possibilidade de desenvolvimento contínuo;
  • Estar presente em algum momento da história evolutiva;
  • A possibilidade de colocar a capacidade à prova ou submetê-la a testes.

Os resultados o conduziram aos 9 grupos supracitados, que vão muito além da capacidade de uma pessoa de lidar com números, equações ou com o aprendizado de um novo idioma. Para Gardner, todos os indivíduos possuem todos os tipos de inteligência, mesmo que não tenham facilidade para desenvolvê-las nem o façam ao longo de nossas vidas. O psicólogo entende que cada pessoa expressa suas habilidades e competências de forma única; por isso, devem sempre ser avaliadas de forma individual.

Quanto a esse ponto, é interessante mencionar, inclusive, que mesmo depois de tanto tempo desde o início de suas discussões, a perspectiva contestada por Gardner ainda existe no senso comum. Mesmo em escolas, onde crianças e adolescentes deveriam descobrir o seu potencial, aptidões e até âncoras profissionais, há julgamentos por conta de notas em disciplinas pelas quais não há sequer interesse por parte deles. Constantemente, em ambientes que deveriam focar na aprendizagem, vemos ‘peixes sendo julgados pela sua capacidade de subir em árvores’. Nos piores casos, isso gera traumas e uma sensação de incapacidade, que podem perdurar por toda vida.

 

Os nove tipos de inteligência segundo Gardner

Em seus estudos, Gardner foi enfático ao definir a independência de cada tipo de inteligência, mas com naturezas interligadas. Em outras palavras, para o psicólogo, desenvolver cada uma das inteligências demanda estímulos distintos e, por isso, de nada adianta querer melhorar a capacidade musical fazendo exercícios de lógica, por exemplo. Contudo, como as inteligências estão interligadas, todos têm a capacidade de desenvolvê-las. A possibilidade de isso acontecer ou não varia de acordo com questões como interesse, necessidade, contexto social e diversas outras variáveis.

Vale frisar, entretanto, que a ocorrência de pessoas com todas inteligências bem desenvolvidas é bem rara. Nos estudos de Gardner, um exemplo desse caso era Leonardo da Vinci, que além de famoso pintor e escultor, era botânico, matemático, inventor, arquiteto, poeta, músico e engenheiro. Da mesma forma, é igualmente difícil de encontrar pessoas que não desenvolvem nenhuma das inteligências.

Inteligência lógico-matemática

A inteligência lógico-matemática é a mais usada em testes de QI e, equivocadamente, entendida por muitas pessoas como a mais (senão a única) relevante. Refere-se à capacidade de um indivíduo de lidar com raciocínio lógico e operações envolvendo números. Isso inclui identificar padrões, compreender equações, sistematizações e afins. Esse tipo de inteligência é comumente desenvolvido por engenheiros, economistas, matemáticos e alguns tipos de cientistas.

Inteligência linguística

A inteligência linguística está associada à capacidade de linguagem, fala, escrita e expressão de uma pessoa. Vale ressaltar, porém, que nada tem a ver com gramática e regras dos idiomas. Aqui, a ideia é focar no quanto uma pessoa consegue se expressar bem, comunicar o que pensa ou sente e até mesmo adequar sua linguagem para diferentes públicos e circunstâncias.

Aqueles que aprimoram esse tipo de capacidade normalmente tem facilidade para ensinar, convencer, persuadir e até motivar os demais. Essa é uma competência encontrada com frequência entre professores, jornalistas, escritores, vendedores, políticos e outras profissões que dependam do bom uso da comunicação.

Inteligência musical

A inteligência musical diz respeito à aptidão de uma pessoa para reconhecer notas musicais, tons e sons de quaisquer instrumentos. Como essa é uma inteligência menos subjetiva, pode ser reconhecida com certa facilidade. Além das pessoas com essa característica serem bastante musicais, elas têm facilidade para criar melodias e identificá-las. Essa é uma característica comum aos músicos, produtores musicais, críticos, dentre outras profissões ligadas a essa área.

Inteligência espacial

A inteligência espacial, ou visual-espacial, está relacionada à capacidade de entender espaços e perspectivas. Pessoas com esse tipo de competência têm uma percepção mais acurada da dimensão espacial, além de terem facilidade para visualizar, dentro de suas cabeças, questões como o tamanho de algum objeto e o espaço que ele ocuparia em determinado ambiente. Arquitetos, por exemplo, conseguem enxergar seus projetos antes mesmo de começarem a desenhá-los. Também se aproveitam dessa habilidade os designers, escultores e até mesmo motoristas, uma vez que a noção de espaço é algo fundamental para prevenir acidentes de trânsito.

Inteligência corporal-cinestésica

A inteligência corporal-cinestésica está diretamente associada ao corpo. São pessoas que conseguem ter um desenvolvimento motor mais efetivo, o que inclui coordenação motora e capacidade física. Também fazem parte desse grupo as pessoas que utilizam o corpo para expressar sentimentos e têm um refino em termos de linguagem corporal. Por isso, alguns dos profissionais que se enquadram no grupo são atletas, atores, dançarinos e artistas, dentre outras possibilidades.

Inteligência intrapessoal

A inteligência intrapessoal diz respeito ao autoconhecimento, ou seja, à clareza que uma pessoa tem de si mesma. Esse tipo de inteligência descreve indivíduos que têm facilidade de compreender suas emoções, necessidades, valores e motivações. Isso faz com que eles entendam seus limites, traumas e consigam lidar melhor com situações emocionalmente desgastantes. Apesar desse tipo de inteligência não estar associada a um tipo específico de profissional, ela é muito desejada dentro das organizações, uma vez que um Capital Humano autoconsciente ajuda a criar ambientes de trabalho mais saudáveis e menos conflituosos.

Inteligência interpessoal

Enquanto a intrapessoal diz respeito aos processos internos de um indivíduo, a inteligência interpessoal está atrelada à capacidade que um indivíduo tem de se relacionar com os demais. É importante dizer, no entanto, que isso não significa simpatia ou alta sociabilidade, mas, sim, a inteligência para se colocar no lugar de outras pessoas, perceber sutilezas como descontentamento, tristeza e frustração, além de saber “ler as entrelinhas” já que, nem sempre, essas questões serão verbalizadas. Esse tipo de habilidade está muito relacionada à empatia e se mostra presente nas atividades profissionais de psicólogos, pedagogos e em bons líderes.

Inteligência naturalista

A inteligência naturalista diz respeito à capacidade de uma pessoa de se conectar com a natureza. Comumente, são pessoas que têm um contato mais aflorado com seus sentidos e contam com uma necessidade constante de estar em contato com o meio ambiente. Elas podem ter mais facilidade para identificar animais, plantas, bem como entender seus benefícios para as pessoas. É comum ver esse tipo de inteligência aflorada em biólogos, floricultores e guias turísticos, por exemplo.

Inteligência existencial

A  inteligência existencial, também conhecida como inteligência espiritual, se refere à habilidade de um indivíduo articular pensamentos filosóficos, questionamentos existenciais, espirituais, éticos e religiosos. Como as inteligências intra e interpessoal, esse tipo é mais difícil de identificar, uma vez que está associado a processos que acontecem no âmbito interno de uma pessoa. É comum ver professores, pesquisadores e estudiosos de diversos assuntos desenvolvendo essa inteligência. Apesar de não estar nos estudos apresentados por Gardner em 1982, esse tipo foi reconhecido e acrescentado pelo autor em 1999.

 

Benefícios das múltiplas inteligências nas organizações

Quando o assunto é o ambiente de trabalho, aplicar a teoria de múltiplas inteligências é benéfico tanto para a empresa quanto para os profissionais envolvidos. Afinal, como veremos nos próximos tópicos, os tipos de inteligência também estão associados ao comportamento de cada pessoa. E esse é um fator fundamental na hora de definir cargos, contratar novos profissionais e realizar processos de T&D adequados às reais necessidades da empresa

Para empresas

Entender quais tipos de inteligência um profissional possui permite que a empresa consiga desenvolvê-lo da melhor maneira possível. Assim, toda a gestão de Recursos Humanos melhora, uma vez que as estratégias passam a considerar as capacidades, habilidades, aptidões e interesses de cada colaborador. Isso permite melhor direcionamento de atividades, personalização de treinamentos, além de uma trilha de aprendizagem que faça sentido também para os objetivos do profissional.

Se nas escolas, entender a inteligência dos alunos é fundamental para manter sua motivação, autoestima e prevenir frustrações desnecessárias, nos ambientes de trabalho, a lógica é muito parecida. Se um profissional tem um perfil mais reservado e dificuldades com a inteligência linguística, de nada adianta expô-lo constantemente a situações em que seja obrigado a se expressar em público. Isso pode fazer com que ele se sinta um mau profissional, uma vez que não consegue se expressar da mesma forma que os demais. Evidentemente, isso também engloba o perfil comportamental dele, outra variável que deve ser considerada nessas situações.

Contudo, quando esses fatores estão alinhados, a tendência é que os ambientes sejam mais agradáveis e as pessoas, mais felizes e satisfeitas ao desempenhar os seus papéis. Para a empresa, isso retorna como produtividade mais alta, índices de engajamento acima da média e taxas de turnover baixas, uma vez que a falta de satisfação em um cargo é um dos principais motivos pelos quais uma pessoa renuncia a um cargo. Ou seja, para empresas, considerar as múltiplas inteligências significa conquistar melhores resultados.

Para profissionais

Para os profissionais, esse tipo de abordagem também traz diversos benefícios. A começar pela melhoria significativa na qualidade de vida no trabalho, uma vez que os processos passam a se adaptar às suas aptidões. Isso garante um fluxo mais saudável, o que os torna mais motivados, engajados e respeitados. Esse tipo de conduta por parte da empresa também é muito importante para fazer com que o colaborador em questão se sinta valorizado pela organização, que se compromete a entender como percebe o mundo e encontrar meios de tornar o trabalho menos desgastante para ele.

Em termos de desenvolvimento profissional, os ganhos também são bastante expressivos. Afinal, enquanto o colaborador aprimora suas habilidades através de processos adaptados às suas necessidades, ele também se sente mais capaz por conseguir fazer isso com maior facilidade. Esse tipo de questão contribui para que ele fique mais motivado para trabalhar e aprimorar suas competências.

 

Múltiplas inteligências, comportamento e DISC

Tal qual as inteligências, o comportamento também é algo subjetivo e que varia de pessoa para pessoa. É fácil notar, inclusive, como esses dois aspectos se relacionam, ainda que não tratem, necessariamente, das mesmas questões. Existem indivíduos mais sociáveis e, também, aqueles que precisam de um tempo sozinhos para recarregar as energias. Há quem não consiga lidar com rotinas e, também, que se perca caso não tenha uma. Da mesma forma, enquanto algumas pessoas têm facilidade de lidar com o improviso, outras precisam de tudo planejado e organizado. E isso nem começa a definir as complexidades do comportamento humano, embora os traços apontem para perfis comportamentais distintos. Segundo a Metodologia DISC, uma das ciências comportamentais mais importantes do mundo, existem quatro fatores responsáveis por moldar o estilo comportamental de uma pessoa: Dominância, Influência, eStabilidade e Conformidade, cada um com suas respectivas características. Todos nós temos os quatro em algum nível, mas é a forma com que os utilizamos que define o nosso perfil comportamental.

Quando o assunto é a relação entre as múltiplas inteligências e o comportamento, vale informar que não há uma regra pré-definida; qualquer perfil pode desenvolver diferentes capacidades ou mesmo já ter uma predisposição para tal. Contudo, é importante ressaltar que alguns tipos de inteligência expressam características específicas de determinados estilos comportamentais. Portanto, nesses casos, fazer uma associação direta entre o comportamento e a capacidade em si é mais seguro.

Dominância

A Dominância é caracterizada pelo apreço por desafios, ambição e assertividade. É comum que os indivíduos dominantes sejam enérgicos e tenham dificuldade de lidar com situações em que precisam ficar parados ou esperar para que algo aconteça. A paciência, seja para sentar e ler um livro ou receber uma resposta aguardada, não é um ponto forte desse perfil. Por isso, inteligências como a corporal-cinestésica e a naturalista, que podem ser aprimoradas no contato com atividades físicas, a vivência na natureza e afins, são alguns exemplos do que esse perfil tende a desenvolver.

Quanto à sociabilidade, a alta Dominância também tem características bem acentuadas. Apesar de serem relativamente sociáveis, as pessoas com esse perfil são autocentradas e gostam da ideia de exercer poder. Isso faz com que muitos deles planejem suas carreiras pensando em chegar a cargos de liderança, o que envolve desenvolver habilidades comunicativas. Por isso, muitos desses indivíduos aprimoram também sua inteligência linguística.

Influência

A Influência é marcada pelo dinamismo, extroversão e sociabilidade. Essas são pessoas que recarregam a energia quando estão na companhia de outras e têm enorme facilidade para improvisar. Uma grande marca desse perfil é a grande capacidade comunicativa – não apenas porque essas pessoas normalmente falam muito, mas porque é comum vê-las se comunicando muito bem. Por isso, a inteligência linguística normalmente é bem desenvolvida nesses perfis. Além disso, como são abertos a estabelecer conexões, adoram trocar experiências e fazer amizades, é comum vê-los com altos níveis de empatia e inteligência interpessoal.

eStabilidade

A eStabilidade é um fator marcado pelo senso de responsabilidade, cuidado com as pessoas e persistência. Comumente, são indivíduos sociáveis, mas que têm uma característica mais introspectiva, que os faz precisar de pausas esporádicas e momentos sozinhos para recarregar energias. Contudo, eles são bastante empáticos, característica normalmente associada a uma inteligência interpessoal aprimorada. Além disso, como lidam com seus processos no âmbito interno, é comum que desenvolvam autoconhecimento, inteligência interpessoal e até existencial, dependendo do contexto e dos interesses.

Conformidade

A Conformidade é um fator marcado pelo perfeccionismo e pelo apreço à lógica e análise. Essas são pessoas mais introspectivas, objetivas e que gostam de seguir regras. Por conta dessas características, eles não são muito relacionais, e seus processos são, majoritariamente, internos. A comunicação não é um forte desse grupo, uma vez que é comum ver essas pessoas se isolando para dar atenção aos seus assuntos favoritos. Esses fatores fazem com que as inteligências lógico-matemática e espacial sejam dois pontos de destaque do grupo, sobretudo se estas forem, de fato, áreas de seu interesse.

 

5 dicas para lidar com as múltiplas inteligências na sua empresa

Conforme mencionado, as pessoas possuem diversos tipos de inteligência – e nas empresas, esse panorama não é diferente. Dificilmente, o Capital Humano de uma organização vai ser formado por indivíduos de capacidades semelhantes – até porque, para que seja bem-sucedido, um negócio precisa lidar com diversas frentes que requerem cargos distintos e profissionais de perfis diferentes, também. Dito isso, existem algumas práticas que a gestão de pessoas pode adotar para comportar inteligências distintas e garantir a melhor experiência para todos.

Invista no comportamento

O comportamento e as inteligências são fatores diretamente relacionados. Por isso, é extremamente importante que a empresa conheça os perfis comportamentais de seus colaboradores, bem como suas preferências, motivações e tendências. Para isso, é importante utilizar um bom software de gestão de pessoas que possa oferecer relatórios detalhados que abarquem todos esses fatores. O Etalent PRO, além de fornecer todos esses dados, ainda consegue fazer cruzamento entre o perfil de uma pessoa e o do seu cargo, o que simplifica a avaliação de adequação para exercê-lo.

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Faça processos de recrutamento e seleção assertivos

Processos de Recrutamento e Seleção são o primeiro passo para criar um Capital Humano compatível com as funções exercidas e com os valores defendidos pela empresa. Por isso, esse também pode ser encarado como um momento crucial para avaliar os tipos de inteligências dos candidatos, para entender como a empresa poderia utilizá-las. É comum, inclusive, ver algumas organizações trazendo testes de lógica e língua portuguesa nesses momentos, mas isso não é regra. Dependendo do cargo para que o profissional se candidata, também é interessante pensar em alternativas que avaliem outros tipos de inteligência.

Realize treinamentos personalizados

Reconhecer os tipos de inteligência dos colaboradores também permite criar treinamentos personalizados. De nada adianta, por exemplo, ter um profissional cuja inclinação seja mais artística e criativa tentando aprimorar suas habilidades em treinamentos que se baseiam, sobretudo, em lógica e análise. Em casos assim, é importante que a gestão de pessoas saiba como reestruturar a Educação Corporativa, de modo que o fluxo seja mais saudável para o colaborador.

Molde os planos de carreira

Como o plano de carreira leva em conta questões como as habilidades e competências que precisam ser desenvolvidas, além de uma estimativa de tempo para tal, é interessante que eles também sejam pensados de forma personalizada e considerem as inteligências de cada profissional Isso pode refletir nas opções que o colaborador vai ter para se desenvolver, assim como na abordagem que o RH utiliza para ajudar o profissional a alcançar suas metas e objetivos.

Outro fator que vale mencionar é a importância de desenvolver as soft skills, que refletem os tipos de inteligência de uma pessoa e também são impactadas por eles. Para isso, a utilização de uma plataforma voltada para o desenvolvimento pessoal e o autoconhecimento, como o Personal Change, é muito bem-vinda.

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Valorize todas as inteligências

Como mencionamos, existe um senso comum na sociedade que entende a inteligência lógico-matemática como a que mais importa. Isso não deve, de jeito ou maneira, ser replicado nas empresas. Até porque existem departamentos inteiros que dependem de outras competências, características das inteligências linguística, inter e intrapessoal e até corporal-cinestésica, dependendo do tipo de negócio. E os colaboradores também devem ser estimulados a desenvolver suas capacidades, entendendo a sua importância para o fluxo da empresa.

Valorizar todos os tipos de inteligência em um ambiente organizacional é uma forma de realizar uma gestão mais humanizada e focada nas pessoas, o que reflete diretamente nos seus níveis de satisfação e felicidade. Hoje em dia, as empresas mais competitivas já entendem a importância de fazer com que seus profissionais se sintam realizados enquanto trabalham. Dessa forma, a produtividade aumenta, a rotatividade diminui e tanto empresas quanto profissionais são beneficiados. Entender inteligências e comportamentos distintos é um passo em direção a um futuro corporativo onde resultados e felicidade são aliados.

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Fernanda Misailidis

Fernanda Misailidis é jornalista e atua como Assessora de imprensa e Embaixadora da ETALENT. Carioca, é apaixonada por artes, ama estar nos palcos e não vive sem teatro.

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